terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Simples assim

Aquilo tudo parecia tão intenso e ao mesmo tempo tão frágil, tão real e ao mesmo tempo fora do contexto natural das coisas cotidianas, da vida que ela levava e essa foi uma das coisas que a prendeu a ele, prender não seria a palavra certa, não se sentia presa e nem vazia, todas as vezes que voltava era porque queria, queria o momento, o prazer, o cheiro e as cores daquelas noites e dias, nada era concreto além das paredes e daqueles dois corpos nus dançando o ritmo do universo, poucas eram as palavras, muitos os sons, era a vida pulsando sem nenhuma explicação, instintiva, visceral, quase animal, uma necessidade sem desespero, era o que era, simples mas completo, poderia durar para sempre ou nunca mais acontecer, bastava um descompasso, um outro passo ou um novo amanhecer.

(Justine Pectore)

Nenhum comentário:

Postar um comentário